Não precisa ser fã de zumbis para gostar de Guerra Mundial Z, até por que não há zumbis neste filme.
O mais novo filme de Brad Pitt (que além de protagonista também é produtor do longa) e do diretor Marc Forster (de “Mais estranho que a ficção”) é na realidade um filme de ação, que mostra como ficaria o mundo depois de uma infestação de uma variável altamente agressiva do vírus da raiva que transforma humanos em seres violentos e velozes.
O maior diferencial em relação aos zumbis na realidade não é a causa e sim o comportamento (ou motivação) dos infectados. Eles não atacam para comer, eles atacam para morder e o fazem de forma absolutamente descontrolada. Uma vez que a vitima tenha sido mordida e o vírus transmitido, eles partem em busca da próxima deixando o novo “zumbi” prontinho pra ação quase que instantaneamente.
Esse comportamento do vírus que domina a mente dos humanos em busca apenas de se espalhar o mais rápido possível é que faz a infestação ser tão avassaladora e acaba sendo o grande diferencial do filme. Quem viu os trailers já notou o quanto é divertido ver milhares de corpos correndo e se empilhando feito loucos atrás das vitimas.
Sem dúvidas esse comportamento, apoiado por excelentes efeitos especiais, é a coisa mais legal do filme. Ver os seres descendo escadas rolando, ou ultrapassando muros na base do empilhamento como se fossem uma grande corrente de um liquido imparável é divertidíssimo e arrepiante.
O único ponto negativo fica por conta da ausência quase total de sangue e gore. A maioria das cenas fortes acontecem “off-screen” por uma opção dos produtores a fim de evitar a censura 18 anos, o que certamente resultaria em menor bilheteria.
Pitt está excelente como sempre e praticamente é o único destaque no elenco formado por grandes desconhecidos (dizem que Mattew Fox, de “Lost”, está no filme, mas a maioria das cenas dele não entraram no corte final).
Inclusive a atriz que interpreta a esposa pesarosa é Mireille Enos, uma desconhecida inacreditavelmente feia, achei ela a cara do Peter Weller (o Murphy de “Robocop”) e não conseguia parar de pensar que mesmo entre as contaminadas, o Brad Pitt arrumaria coisa melhor.
Mas a ausência total de mulheres gostosas não tira nem um pouco o brilho do filme, que é ação do primeiro ao último minuto. Não temos aquela primeira meia hora de apresentação do background dos personagens, o filme já começa com o bicho pegando e vai assim até o final sem deixar o expectador ter tempo de respirar.
As cenas de ação são absurdamente tensas, a todo momento você pensa se realmente terão coragem de matar o protagonista até que…(hehe…não vou dizer aqui) e são intercaladas apenas com cenas de pura agonia como pessoas mordidas sendo obrigadas a se mutilar ou se matar ou a já clássica cena da asmática que perdeu sua bombinha, utilizada pela primeira vez no clássico “A Mão Que Balança o Berço” e repetida centenas de vezes desde então.
Enfim, Guerra mundial Z pode até entrar em uma relação de filmes de zumbis devido à natureza morta-viva das criaturas, mas é na verdade um filme de ação, muita ação, que vai divertir qualquer fã de aventura, seja ele discípulo de Romero ou não.
Nota do Autor: | 8 | ![]() |
Nota do público:(3 votos) | 9.6 | ![]() |
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